quinta-feira, 15 de julho de 2010

Maranhão não é mais o Estado mais pobre do Brasil, diz Ipea

 

Estudo mostra que quase 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 1995 e 2008.
 
  
SÃO LUÍS - O Maranhão não é mais o Estado mais pobre do Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Estado subiu uma posição no ranking da pobreza extrema. Mesmo assim, 27,2% da população maranhense continua na miséria. Assista à reportagem de Douglas Pinto, da TV Mirante.

Ausência total de saneamento básico, de infraestrutura. São nessas condições que vivem muitos brasileiros, como dona Maria de Jesus Medeiros. Desempregada, ela sustenta dois filhos e duas netas, em um barraco de apenas um cômodo, que ainda é alugado. A única renda vem do Bolsa-Família e de alguns trocados que ela consegue lavando roupas.

A família de dona Maria de Jesus faz parte dos 27,2% de maranhenses que vivem em situação de pobreza extrema, na miséria. A renda não ultrapassa um quarto do salário mínimo por pessoa durante o mês.

Os novos números sobre a situação da pobreza no Brasil foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. O estudo mostra que quase 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 1995 e 2008, e que o Maranhão, que ocupava o primeiro lugar no ranking da pobreza no país, avançou, mas bem pouco.

Em 13 anos (1995 a 2008), o Maranhão reduziu de 53,1% para 27,2% a taxa de pobreza extrema (miséria) e agora ocupa a segunda posição dos Estados mais pobres do país. O primeiro é Alagoas com 32,3%.

Em relação à pobreza absoluta, cuja renda familiar por pessoa está abaixo de meio salário-mínimo, o Maranhão também recuou do primeiro lugar no ranking (taxa de 77,8%) para a segunda posição (55,9%).

Segundo o Ipea, o Brasil pode acabar com a pobreza extrema até 2016. Mas, para a ecomonista e doutora em políticas públicas, Valéria Lima, essa projeção depende muito do ritmo do crescimento econômico.

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