terça-feira, 13 de julho de 2010

Sindicalistas pedem apoio ao senado para polo siderúrgico de Açailândia





"Com a tonelada do minério de ferro – principal matéria prima para produção do gusa – saltando de US$ 48.00 em janeiro para atuais US$ 130.00, o polo siderúrgico de Açailândia está fadado a encerrar suas atividades". Esta foi a avaliação feita, ontem pela manhã, em Brasília, ao presidente do Congresso, , por Samuel Carneiro Aguiar e Jarlis Adelino, dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Açailândia e Imperatriz.

Eles relataram que o polo siderúrgico conta atualmente com apenas 50% dos seus quinze altos fornos ativados, mesmo assim utilizando apenas 70% de suas capacidades produtivas. Samuel enfatizou que "o quadro de trabalhadores na região reduziu drasticamente", e citou, como exemplo, o polo siderúrgico do Pequiá, que já ofertou seis mil empregos diretos. "Hoje, pouco mais de mil e quinhentos trabalham naquela região", estimou o dirigente.

Para Jarlis, a situação só tende a piorar. "Os preços da Vale - fornecedora do minério de ferro para produção do ferro gusa - têm praticamente inviabilizado as empresas. A continuar assim, nossa expectativa é de paralisação total do setor guseiro no Maranhão", afirmou. Ele contabiliza que o ferro gusa produzido pelas siderúrgicas tem 50% do seu custo vinculado ao preço do minério de ferro. Na mesma linha, Samuel ponderou que se a situação não mudar todos perderão: "Perde o trabalhador, que deixa de ter seu emprego, perdem o município e o estado, com grande queda na arrecadação".

O Presidente do Senado garantiu aos dirigentes sindicais que irá se empenhar para uma solução que "necessariamente passa por um entendimento entre as empresas "guseiras" e a fornecedora do minério de ferro, a Vale".

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