Lavrador é acusado de estuprar filhas e ter seis filhos-netos

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Um agricultor da localidade de Lagoa em São João da Fronteira é acusado de estuprar suas próprias filhas e ter seis crianças com elas. Segundo a polícia, Antonio Custódio de Sousa, de 57 anos, foi descoberto no último mês de outubro e já teria estuprado uma de suas filhas-netas.

O titular da delegacia de Castelo do Piauí, subtenente Francisco Borges, que ajuda nas investigações, conta que os abusos sexuais na família acontecem há pelo menos 15 anos. “Ele estuprou a primeira filha quando ela tinha 15 anos. Na época ela não agüentou a violência e fugiu para São Paulo, onde teve uma menina. Então ele passou para a segunda filha, Francilene, que tinha 16 anos e agora tem 30, com quem teve cinco filhos: três meninos e duas meninas. Destes, três são surdos”, descreve.

Borges afirma que Custódio ainda é acusado de ter estuprado a sua filha-neta que nasceu do relacionamento com a primeira filha. “A criança foi mandada de volta para ser criada pelos avós”, afirma o subtenente.

O caso foi revelado no último mês de outubro e o mandado de prisão expedido no último dia 27, pela juiza de Castelo, Sandra de Neiva Borba. “Foram ouvidas pessoas da comunidade que declarou que ele não deixava a filha sair de casa pra fazer nada, o que configura o cárcere privado. Depois que ele fugiu, a própria filha confirmou as agressões”, acrescenta o delegado.

O lavrador ainda teria voltado e ameaçado Francilene com um facão. "Ele disse que a mãe dela tinha razão de ter raiva dele, mas ela não, porque ele a amava. A comunidade está toda apavorada com esse caso", afirma Borges.

Custódio está há cerca de quinze dias escondido no matagal do povoado de Lagoa e diversas buscas já foram feitas na intenção de capturá-lo. “Estamos infiltrando policiais para obter informações, mas suspeitamos que a mulher dele, mãe das filhas, esteja dando cobertura, fornecendo comida”, diz Borges. Segundo ele, Custódio, a mulher, as filhas, e os filhos-netos moram todos na mesma casa e a esposa do agricultor sabia da violência contra as filhas, mas diz que não denunciava por ter medo. “Mas estamos vendo se isso é mesmo verdade”, finalizou.

Com informações do cidadeverde.com