A tribo dos guajajaras está protestando contra a demora no repasse de recursos para o transporte escolar. Numa das últimas operações, a polícia flagrou os índios usando cordas para fechar a estrada e cobrar pedágio.
Setenta e cinco policiais militares vão reforçar a segurança na estrada federal interditada por índios guajajaras no interior do Maranhão. No domingo, um delegado da Polícia Civil foi atacado pelo grupo depois de reagir à cobrança de pedágio.
A BR-226 está fechada há quase 30 horas em dois pontos entre as cidades de Presidente Dutra e Grajaú, na região central do Maranhão.
O protesto dos índios guajajaras contra a demora no repasse de recursos para o transporte escolar acabou em tiroteio neste domingo, quando o delegado Edmar Cavalcanti passou pela barreira.
Segundo a Polícia, o delegado reagiu às ameaças dos índios. Ele levou cinco tiros de espingarda e teve um dedo decepado por um golpe de facão. Mesmo ferido, o policial sacou o revólver e acertou cinco guajajaras.
- Quantos índios armados?
- Quatro pessoas de espingarda.
- Atiraram logo no delegado?
- Atiramos, o delegado estava atirando também.
Edmar está internado num hospital de Imperatriz. Assim como os índios baleados, ele não corre risco de vida.
A Rodovia Federal interditada pelos indígenas é uma das ligações entre os estados do Piauí e Maranhão. Agora, por causa do bloqueio, a alternativa é usar a BR-222, mas isso aumenta a viagem em 200 quilômetros.
A Polícia Rodoviária Federal disse que não tem autonomia para liberar a pista: “Primeiramente a Funai vai fazer um contato prévio com os índios e depois desse contato é que as equipes policiais poderão ou não, conforme o caso, se deslocar até o ponto de interdição”, explica o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Edegilson Castro.
Numa das últimas operações, a Polícia flagrou os índios usando cordas para fechar a estrada.
O grupo corre quando vê os policiais, deixando para trás uma espingarda e o dinheiro que tinha sido arrecadado.
Fonte: JN
Nenhum comentário:
Postar um comentário