As agressões foram denunciadas por uma vizinha. A mulher disse à polícia que Claudia Gomes era acostumada a bater na enteada
Por volta das 10h de ontem (28), policiais militares do 2° Batalhão foram acionados para atender uma ocorrência de agressão física no bairro Infraero I - Zona Norte de Macapá. Ao chegar ao local, a equipe se deparou com uma cena chocante. Uma criança de apenas três anos de idade, lesionada nas costa e na cabeça. Ferimentos provocados por fivela de cinto e cordas, além de arranhões no pescoço. A covardia contra a garota partiu da madrasta, a pastora evangélica Claudia Gomes da Silva, de 36 anos, que foi presa em flagrante e encaminhada para a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).
Segundo informações policiais, uma vizinha ligou para o disck denúncia. A mulher informou que a pastora era acostumada a bater na menina. Porém ontem, ela passou dos limites, pois desde as primeiras horas do dia iniciou uma sessão de tortura contra a garota. "Além dela [Claudia] tem outras pessoas na casa que são acostumados a agredir essa menina. Uma filha dela de 18 anos e outra garota de 12 também batem nessa criança", abominou a denunciante.
Em entrevista às equipes de reportagem, o pai da criança contou que convive maritalmente há dois anos com Claudia e que, antes do fato, nunca percebeu nada de anormal na convivência dela com a garota. "Eu trabalho o dia inteiro e a menina fica lá em casa com ela. Chego sempre à noitinha, mas nunca desconfiei de nada. Nunca ninguém me contou nada", disse ele.
Mesmo assim, o homem afirmou que não pretende se separar da companheira. "Eu ainda estou sem chão. Pretendo agora entregar a menina para a mãe, que está em Belém, e continuar minha vida". Perguntado se amava mais Claudia que a própria filha, ele esperou alguns minutos para responder, mas disse que pretende dar uma nova chance a mulher. "Todo mundo erra, mas merece ter uma segunda chance. Quem sabe ela vai mudar".
Para a delegada plantonista que recebeu o caso, o pai da criança é conivente com a situação. Ele chegou a pedir para que a autoridade policial que não fizesse nada contra a mulher. "Ele está aqui, mas está indiferente a situação. Não pergunta como a menina está. Não demonstra preocupação. A vizinha diz que ele é omisso aos acontecimentos. Vou comunicar o caso ao juiz e pedir que ele encaminhe a vítima para um abrigo até que situação se resolva. Ou se for o caso, tentaremos entrar em contato com algum parente dela [criança] para que se manifestem em ficar com a guarda", informou a delegada.
Claudia Gomes foi autuada por maus tratos e lesão corporal. Depois dos procedimentos, a delegada estipulou que ela pagasse fiança e fosse liberada. No entanto, como a acusada não conseguiu o montante, ela foi encaminhada para a penitenciária feminina.
Fonte: Jornal A Gazeta
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