PF investiga assassinato de ambientalista que atuava em reserva
Raimundo Santos Rodrigues denunciava os crimes contra a floresta. Ele a mulher foram vítimas de uma emboscada no Maranhão.
A Polícia Federal está investigando o assassinato de um ambientalista que atuava em defesa de uma reserva no Maranhão.
A Reserva Biológica do Gurupi é uma unidade de conservação ambiental federal com 270 mil hectares de floresta Amazônica. Na área só deveriam entrar cientistas e pesquisadores, mas vem sendo invadida por madeireiros e plantadores de maconha.
Raimundo Santos Rodrigues, de 57 anos, fazia parte, desde 2012, do conselho que cuida da Reserva Biológica do Gurupi. E denunciava os crimes contra a floresta.
O ambientalista e a mulher dele, Maria da Conceição Chaves Lima, tinham ido fazer compras em Buriticupu, e voltavam de moto para casa na terça-feira (25) à tarde.
Quando cruzavam uma ponte, perto da casa do casal, já no município de Bom Jardim, foram vítimas de uma emboscada.
De acordo com testemunhas, dois homens que estavam escondidos na mata fizeram pelo menos dois disparos de espingarda contra Raimundo e a mulher. Os assassinos ainda teriam esfaqueado o ambientalista.
“Uma perda grande, porque era um conselheiro da unidade, então nos atende gessa forma”, diz Pedro Lins, coordenador do ICMBio.
Um homem, que tem medo de represálias, diz que Raimundo Santos vinha recebendo ameaças de morte frequentemente.
“Ele sempre falava assim, que ele sabia que ele tinha muita marcação, mas ele ia lutar pela comunidade”, afirma o homem.
O crime está recebendo o mesmo tratamento dado aos praticados contra agentes públicos, porque o ambientalista fazia um trabalho voluntário com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
"Será tratado com absoluta prioridade. É atribuição da Polícia Federal atuar no caso por se tratar de um agente público federal, por ser conselheiro daquela unidade de conservação", afirmou Alexandre Saraiva, superintendente da PF-MA.
Maria da Conceição Chaves Lima, a mulher do ambientalista, passou por uma cirurgia no hospital municipal de Açailândia, e não corre o risco de morrer.
Fonte: Jornal Nacional
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