sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ex-policial civil acusado de ter executado Eliza é preso em Minas

Marcos Aparecido dos Santos já está na Delegacia de Investigação do Bairro de Lagoinha, em Belo Horizonte. Vizinhos afirmam que tinham medo do ex-policial.

O ex-policial civil acusado de ter executado Eliza Samudio já está na delegacia de investigações do bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. De lá, falou ao vivo o repórter Ismar Madeira.

Ele foi preso na região norte de Belo Horizonte. Segundo a polícia, Marcos Aparecido dos Santos foi preso, ele não se entregou. A casa que seria de um amigo de Marcos foi cercada por policiais.

A prisão de Marcos foi decretada nesta quinta pela Justiça de Minas. É o que você vai ver na reportagem de Liliana Junger.

Os portões da casa do ex-policial civil amanheceram pichados. Na quarta, durante oito horas, policiais levados pelo adolescente procuraram por restos mortais de Eliza Samudio. Marcos Aparecido dos Santos estaria monitorando a movimentação da polícia e conseguiu fugir.

“Lá tem um circuito interno que inclusive estava aceso. Ele estava vendo tudo que estava acontecendo. Tem uma rota de fuga. Percebeu que alguém que estava lá saiu às pressas”, contou o delegado Edson Moreira.

Marcos Aparecido nasceu em Santo André, na região do ABC, o que lhe rendeu, em Minas, o apelido de Paulista. Segundo a polícia, ele foi apresentado ao menor envolvido na morte de Eliza como Neném.

“Qual o apelido dele real? Bola ou Paulista, que é a mesma pessoa que o menor fala que é o Neném”, completou o delegado.

Casado, pai de três filhos. Uma pessoa reservada no relacionamento com a vizinhança que, de acordo com as investigações, treinava cães de guarda.

Marcos Paulista foi detetive durante pouco mais de um ano na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. Acabou sendo afastado por falta de idoneidade moral e indisciplina.

Fora da corporação, Marcos passou a trabalhar como uma espécie de segurança no bairro onde mora, em Vespasiano.

“Ele pagava de polícia aqui no bairro sem ser. E fazia escolta aqui no bairro. Não deixava ninguém roubar. Ninguém gosta dele. Todo mundo tem medo. Alguém que roubou uma moto aqui no bairro, ele ia lá e comprava o boi”.

Durante a tarde, parentes saíram da casa dele levando várias malas. O advogado do ex-policial, Roberto de Assis Nogueira, negou o envolvimento do cliente no crime e disse que ele vai se apresentar.

“Todo mundo fala o que quer. São vários os suspeitos. Pode ser um conluio, um complô contra ele, pelo passado dele, por ser um ex-policial”.

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