sexta-feira, 9 de julho de 2010

Delegado afirma que Bruno presenciou morte de Eliza Samudio

Edição do dia 08/07/2010

08/07/2010 21h31 - Atualizado em 08/07/2010 21h31

Segundo os depoimentos, a ex-amante de Bruno teria sido mantida em cativeiro. De acordo com o delegado, o goleiro só teria se manifestado contra a morte do bebê.

O delegado responsável pelas investigações do caso em Minas Gerais, afirmou, nesta quinta, que o goleiro Bruno presenciou a morte da ex-amante.

Policiais e bombeiros quebraram a corrente do portão e começaram a vasculhar um sítio em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, à procura dos restos mortais de Eliza Samudio.

Segundo a polícia, o local seria alugado por Marcos Aparecido dos Santos. Este seria o local onde ele adestrava cães da raça rotweiller.

A polícia chegou ao sítio a partir das investigações que também levaram até a casa de Marcos Aparecido. O menor de idade, que confessou participação no crime, garante que foi Marcos quem assassinou Eliza Samudio.

O menor disse, em depoimento, que acompanhou os últimos momentos de vida de Eliza. Ele, o secretário de Bruno, Macarrão, e um amigo do goleiro, Clayton Gonçalves, teriam trazido a ex-amante do jogador e o filho dela do Rio para Minas. No caminho, o adolescente teria batido com uma arma na cabeça de Eliza.

A polícia encontrou sangue no carro. Exames confirmaram que é dela. Eliza teria sido trazida para o sítio de Bruno, que também fica em Esmeraldas.

Segundo os depoimentos, a ex-amante de Bruno teria sido mantida em cativeiro. Um sistema de som, que normalmente ficava em volta da piscina, teria sido levado para perto dos quartos para que a voz dela não pudesse ser ouvida do lado de fora. As conversas por telefone também teriam sido controladas.

Na casa, estariam Bruno, o adolescente, o Macarrão e Sérgio Rosa Sales, primo do jogador. Na tarde desta quinta, ele foi ouvido e, de acordo com a polícia, disse que viu Eliza sendo agredida por Macarrão, mas que não participou.

Segundo Sérgio, no dia 9 de junho, Eliza e o filho foram levados do sítio por Macarrão, o adolescente e Bruno.

O adolescente contou que eles vieram para um local que parecia um sítio, onde Neném teria matado Eliza.

“Segundo narrativas, pegou as mãos da Eliza e cheirou as mãos da Eliza. Depois amarrou para trás, aí ela falou: ‘Eu não aguento mais apanhar’. Ele falou assim: ‘Você não vai apanhar mais não! Você vai morrer!’”.

O delegado afirmou ainda que Bruno estava presente e só teria se manifestado para impedir o assassinato da criança. “Houve uma certa interferência por parte de Bruno para que ele não matasse a criança. Talvez a intenção fosse também matar a criança”.

A mala e as roupas de Eliza teriam sido queimadas perto de uma cisterna, no sítio de Bruno

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