Aumenta o número de mulheres envolvidas com tráfico de drogas

A maioria das mulheres presas transportavam drogas a serviço de traficantes.

IMPERATRIZ - Aumenta o número de mulheres presas na Região Tocantina por envolvimento com o tráfico de drogas. A maioria das mulheres que ocupam as celas da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) na cidade transportava drogas a serviço de quadrilhas de traficantes internacionais. Assista à reportagem de Tátyna Viana, da TV Mirante.

Uma vida de sonhos interrompidos. Em duas celas na Central de Custódia de Presos de Justiça de Imperatriz, passados que se cruzam e muitos crimes em comum. Daniela Sousa, de 25 anos, é mãe de quatro filhos. Começou a usar droga e passou a praticar assaltos para sustentar o vício. Foi presa duas vezes. A última, quando comprava crack.

Das 21 mulheres que estão presas na CCPJ, a maioria foi flagrada comercializando ou transportando drogas. Segundo a polícia, muitas vezes elas são usadas como "mulas", que são as pessoas que fazem esse transporte em troca de dinheiro e acabam tendo um envolvimento maior, assumindo o tráfico de vez.

É crescente o número de mulheres envolvidas com o crime na Região Tocantina. Só no mês de junho, elas foram alvos de mais de cinco grandes apreensões.

No início do mês, policiais civis da Delegacia de Entorpecentes prenderam seis pessoas, incluindo mulheres, além de drogas, em um condomínio localizado no bairro Bom Sucesso.

No dia 12 de junho, as investigações da Polícia Civil apontaram Maria Mimes como a mandante do assassinato do marido, o ex-vereador do município de Sítio Novo, executado a tiros em maio deste ano. A esposa confessou o crime.

Em 21 de junho, duas mulheres, uma delas menor de idade, que transportavam 11 quilos de pasta base de cocaína foram presas em um hotel do setor rodoviário.

Dois dias depois, policiais federais prenderam, na cidade de Porto Franco, uma mulher que transportava 2 quilos e 580 gramas de pasta base de cocaína. Nessas duas apreensões de droga, a pasta base de cocaína vinha de Cuiabá, no Mato Grosso.

O último caso foi registrado no último sábado. Vanessa Rodrigues de Araújo comercializava crack na própria residência, localizada na Rua Nova, no Bairro Beira-Rio. Com ela, a polícia apreendeu 69 papelotes da droga.

Todas essas prisões foram efetuadas após denúncias anônimas, o que revela a importância do apoio da população no combate a esses crimes.